Roubo de carga: para além dos prejuízos financeiros, fica também o medo dos motoristas que precisam fazer o trajeto por áreas de risco. Saiba como agir sob ataque.
A recuperação de carga roubada e dos veículos sequestrados pode ser desafiadora, mas compensa. É só olhar para um passado nem tão distante, em 2017, o Rio de Janeiro chegou a um roubo de caminhão por hora. Para se ter ideia, 40 transportadoras faliram e falou-se até mesmo em risco de desabastecimento.
Ainda que o cenário tenha melhorado graças aos esforços de um conjunto de organizações privadas e públicas de segurança, embarcadores e transportadoras continuam lidando com a questão. A Região Sudeste é a “campeã” Brasileira: depois do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais ocupam as três primeiras posições no ranking de roubos de cargas.
Como agir no caso de uma tentativa de roubo?
Para evitar tais situações, gerenciadoras de risco desenvolvem o Plano de Gerenciamento de Risco (PGR) e configuram geolocalizadores ao tipo de operação e à rota dos veículos. Complementarmente, a equipe de Central de Monitoramento faz o monitoramento remoto 24 horas por dia. No caso de desvios, o veículo é bloqueado automaticamente, seja por travas nas rodas, ou interrompimento do fluxo de combustível.
Ao se tornar vítima de roubo, o caminhoneiro deve seguir alguns procedimentos específicos (dicas do blog da Scania):
1. Acione a gerenciadora de riscos imediatamente
2. Avise a empresa transportadora e acione o seguro
3. Comunique o sindicato e peça apoio com trâmites legais
4. Registre o Boletim de Ocorrência e colabore com a polícia
Ao receber notificação do bloqueio, as empresas acionam os órgãos de Segurança Pública. Dessa forma, os criminosos não conseguem mover o caminhão para a região de descarregamento e, normalmente, costumam abandoná-lo. Para a transportadora, o veículo é liberado em pouquíssimo tempo, apenas com a execução dos trâmites legais de boletim de ocorrência.
Algumas transportadoras contratam serviços de pronta resposta. Estas são equipes que atuam “em campo”, e são acionáveis antes mesmo de a emergência acontecer. Estas equipes de segurança são convocadas no caso de fortes suspeitas pelo motorista ou central de monitoramento, ou então na confirmação do sinistro de roubo – mas podem ser chamadas para apoiar a tratativa de acidentes, também.
O fator humano não pode ser negligenciado!
O cenário atual do roubo de cargas é bastante complexo. De um lado, a tecnologia usada tanto na prevenção quanto após ocorrências tem evoluído significativamente. Contudo, de nada adianta contar com ferramentas poderosas, quando há descuido com o vazamento de informações sigilosas, por exemplo, ou quando as quadrilhas especializadas infiltram-se entre os funcionários de embarcadores e transportadoras.
Por isso, a atuação de uma gerenciadora de riscos confiável é essencial. Tais prestadores de serviço passam a atuar tanto na identificação e correção de situações de risco, quanto na condução de investigações internas no caso de suspeitas. A postura preventiva é cultura da empresa, e por isso até mesmo áreas como o RH devem ser envolvidas. Isso é útil, inclusive, para a conferência do cadastro de motoristas e de veículos.
O melhor caminho ainda é a prevenção.
Prevenir ao invés de remediar. Isso é particularmente relevante considerando que:
“Apenas 10 a 20 % do que é roubado é recuperado por ação das seguradoras ou do Estado, porém ainda tem que ser observado que muitas vezes o que é recuperado é inutilizado. Por exemplo: uma carga de remédios que foi recuperada no estado do Espírito Santo teve que ser totalmente destruída por determinação da ANVISA. Outro problema ocorre quando a carga é de produtos para consumo humano: uma vez roubada, apesar de recuperada não poderá ser consumida, portanto é prejuízo”.
A análise veio de um estudo realizado por pesquisadores da UFRJ, a Universidade Federal do Rio.
É por isso que, além de executar o PGR, serviços adicionais como rastreamento, escolta armada e treinamento e reciclagem da equipe são boas medidas preventivas. Com este tipo de ação, a Mundial Risk evitou prejuízos R$24,5 milhões nos últimos 12 meses, chegando a uma taxa ínfima de sinistralidade de 0,0001% – índice de sucesso 25% maior do que os principais concorrentes. Para se ter ideia, foram mais de 3500 viagens realizadas em 2019.
Se você deseja preparar a sua empresa para essas eventualidades (bastante prováveis), siga estas orientações e converse com a gerenciadora de riscos. Você já passou por essa situação? Conta para a gente como foi!