Dentre os diferentes modais de transporte de cargas, o transporte rodoviário é o mais adequado à logística reversa. Saiba como a sua transportadora pode aproveitar a tendência.
Você sabe o que é logística reversa? Resumidamente, para você se familiarizar: em linhas gerais, ela se dedica ao reaproveitamento ou geração de valor econômico no pós-consumo ou pós-venda.
Nos bens de consumo, isso se dá por meio do reuso, reciclagem e/ou revenda, por exemplo. Portanto, a prestação de serviços de transportes não é muito diferente. Os serviços de logística reversa no transporte rodoviário são aqueles de retorno de mercadorias à sua origem. Vamos entender melhor?
Como transportadoras podem faturar com a logística reversa.
Especialmente em épocas de ecommerce, a logística reversa de pós-venda ou pós-compra se torna mais comum: é o caso do recall, das devoluções por avarias de transporte, defeitos de fabricação, dos erros de pedido e das desistências. São bens que precisam ser devolvidos ao vendedor ou fabricante portanto, transportados de volta.
Já a logística reversa de pós-consumo é semelhante, mas com um porém: são mercadorias e bens que não servem mais ao vendedor ou fabricante, mas que podem ser reaproveitados em outras cadeias produtivas. É o caso dos pneus que chegam ao fim da vida útil e são reciclados na forma de asfalto ecológico, por exemplo. Portanto, precisam de novos canais de distribuição.
São duas maneiras distintas de geração de demandas; para atender a ambas, transportadoras precisam que os processos internos estejam redondos. Principalmente no caso do pós-consumo, em que volume e frequência são imprevisíveis.
Na prática, preparar a transportadora para lucrar com a logística reversa significa:
- Prever espaço adequado para armazenamento de itens usados, especialmente no caso de resíduos perigosos;
- Mapear as ocorrências da demanda de pós-venda para adequar a cadência do transporte, em parceria com o embarcador;
- Se adequar às recomendações da Política Nacional de Resíduos Sólidos;
- Planejar as rotas para que a recolha dos produtos usados aproveite o mesmo trajeto de outras entregas, otimizando o uso de combustíveis e reduzindo a emissão de gases poluentes.
Como aplicar a logística reversa às empresas transportadoras de cargas.
O conceito de lucratividade tripla (triple bottom line) é fundamental à ideia de sustentabilidade. A lucratividade tripla, ou “triple bottom line”, significa que o balanço das empresas deve gerar saldo positivo em três perspectivas:
- Econômica: a empresa deve gerar lucro de modo a manter a operação rodando, viabilizando a lucratividade e o fortalecimento econômico da empresa, dos funcionários, dos parceiros de negócios e das comunidades com que se relacionam;
- Social: a empresa deve ter consciência do seu papel exemplar perante a sociedade, incentivando avanços importantes, como a igualdade entre homens e mulheres, as práticas trabalhistas justas e a educação;
- Ambiental: a empresa deve minimizar os impactos negativos ao meio ambiente, causados pela sua operação, visando a preservação e a recuperação a médio prazo.
Mas o que isso tem a ver com o transporte de cargas? Muito! É comprovado que empresas que se atém a esse equilíbrio são mais lucrativas.
Isso porque otimizam recursos, retém talentos e se previnem de multas trabalhistas e ambientais. É um estilo de gestão, portanto.
Para revolucionar a gestão da transportadora, você pode usar este tripé como inspiração. Sob a ótica da logística reversa, a operação passa por alguns ajustes básicos. Basta tomar como exemplo as peças e a manutenção dos veículos:
- Para aumentar o ganho econômico, planejar os estoques de peças de reposição, comprando com base em preço ao invés de necessidade / urgência;
- Para contribuir com o desenvolvimento social, investir na capacitação e educação dos profissionais para a manutenção preventiva e evitar o desgaste necessário por mau uso;
- Para diminuir o impacto ambiental negativo, escolher bons fabricantes, adquirindo peças de maior durabilidade, produzidas por empresas responsáveis, e descartando adequadamente aquelas que se tornaram inutilizáveis.
Como você pode perceber, tudo isso impacta no custo operacional, mas também no tempo em que os veículos ficam parados no pátio — consequentemente, na velocidade / capacidade de entrega.
Quer ganho de eficiência em logística integrada? Converse com a Mundial Risk. O sistema de monitoramento de frota MR Log permite acompanhar indicadores de desempenho da frota, se há veículo ocioso, e outros fatores que impactam o cálculo de frete.